Segurança Digital: Strike Capta US$ 13,5M e Acelera Expansão nos EUA e Brasil

A startup uruguaia de cibersegurança Strike acaba de anunciar a captação de uma rodada de investimento Série A no valor de US$ 13,5 milhões. O aporte foi liderado pelo FinTech Collective, com a participação do Galicia Ventures, Greyhound Capital, FJ Labs e Canary, que já eram investidores na companhia. Com esse novo montante, a empresa planeja expandir sua atuação nos Estados Unidos e iniciar sua entrada no mercado brasileiro com um novo escritório em São Paulo.

De acordo com o fundador e CEO da Strike, Santiago Rosenblatt, a entrada no Brasil representa um marco estratégico fundamental. “O Brasil é quase um outro continente. Existe muito a ser feito no país, e esse é apenas o começo. Desde já, vemos um feat muito grande com o país e a cultura brasileira”, afirmou em entrevista exclusiva ao Startups.

A Strike atende atualmente clientes em mais de 20 países, incluindo grandes corporações como Santander, Mercado Livre, Okta e Delivery Hero. A empresa se destaca no setor de pentesting, um serviço essencial de segurança digital que simula ataques cibernéticos para detectar vulnerabilidades nos sistemas das empresas.

Com a nova rodada de investimentos, a startup também irá automatizar 50% dos processos de pentesting, utilizando inteligência artificial para acelerar as operações e tornar os testes de segurança mais eficazes e acessíveis.

Expansão para o Brasil e Estados Unidos

A escolha do Brasil como próxima etapa de expansão foi estratégica, visto que o país enfrenta um crescimento acelerado em ameaças cibernéticas, o que torna os serviços de pentesting ainda mais necessários. O novo escritório em São Paulo permitirá que a Strike atenda clientes locais de maneira mais direta e personalizada.

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Já nos Estados Unidos, a startup planeja fortalecer sua presença em um dos mercados mais competitivos e exigentes do mundo. A ideia é dobrar a base de clientes na região nos próximos 12 meses.

Como a Strike usa IA para automatizar pentesting

O pentesting é um dos principais serviços de segurança digital oferecidos pela Strike. Ele permite que empresas simulem ataques cibernéticos em seus sistemas para detectar falhas antes que criminosos possam explorá-las.

Atualmente, esses testes são altamente dependentes de analistas especializados, mas a Strike quer mudar esse cenário automatizando 50% das etapas do processo. O objetivo é tornar os testes mais rápidos e acessíveis, permitindo que mais empresas, independentemente do porte, possam fortalecer suas defesas cibernéticas.

O uso de inteligência artificial nesse processo é um diferencial importante. A tecnologia permitirá que a plataforma da Strike identifique padrões de vulnerabilidades de forma autônoma, reduzindo o tempo gasto pelos analistas e melhorando a eficiência das detecções.

Oportunidades no mercado brasileiro

O Brasil tem sido um dos países mais afetados por ataques cibernéticos nos últimos anos. De acordo com um levantamento recente da Kaspersky, o país ocupa o segundo lugar no ranking global de ataques ransomware. Esse crescimento alarmante reforça a necessidade de soluções avançadas como as oferecidas pela Strike.

As grandes corporações brasileiras estão cada vez mais investindo em segurança digital, principalmente diante da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que exige que empresas garantam a proteção das informações de clientes e usuários.

Investidores apostam na Strike

Os investidores da rodada de US$ 13,5 milhões viram na Strike um grande potencial de crescimento. O FinTech Collective, que liderou o aporte, é conhecido por investir em startups disruptivas do setor financeiro e tecnológico.

O Galicia Ventures e o Greyhound Capital também têm forte presença no setor de tecnologia e fintechs, enquanto o FJ Labs e o Canary já eram investidores anteriores e decidiram reforçar sua aposta na empresa.

Perspectivas para o futuro

Com esse novo investimento, a Strike pretende se consolidar como uma referência global em pentesting e aumentar seu impacto no mercado de cibersegurança. A empresa também deve lançar novos produtos baseados em IA para complementar sua oferta de serviços.

A meta da startup é dobrar seu faturamento nos próximos 18 meses e expandir ainda mais sua base de clientes, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Com a crescente demanda por segurança digital e o aumento dos ataques cibernéticos, startups como a Strike se tornam peças-chave para proteger empresas e instituições de ameaças cada vez mais sofisticadas.

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