Ações de gigantes como Amazon, Apple e Nike impulsionam os principais índices dos EUA; mercado reage com otimismo em meio a expectativas econômicas favoráveis
As bolsas dos Estados Unidos encerraram o pregão desta segunda-feira com ganhos robustos, refletindo o otimismo dos investidores diante de indicadores econômicos positivos e projeções de crescimento nos setores de tecnologia, consumo e indústria.
O índice Dow Jones Industrial Average avançou 2,81%, atingindo seu maior nível em um mês. O S&P 500 registrou uma expressiva alta de 3,26%, enquanto o índice Nasdaq Composite, com forte presença de empresas de tecnologia, disparou 4,35%.
O bom desempenho foi liderado por ações de grandes empresas, com destaque para Amazon, Apple e Nike, que puxaram o mercado para cima com valorização significativa.
A Amazon.com Inc (NASDAQ:AMZN) foi o grande destaque do dia. As ações da companhia subiram 8,09%, ou 15,61 pontos, encerrando o dia a US$ 208,67. O movimento refletiu expectativas otimistas para o setor de comércio eletrônico e serviços em nuvem.
Outro papel que se destacou foi o da Nike Inc (NYSE:NKE), com alta de 7,34%, ou 4,28 pontos, terminando o pregão em US$ 62,58. A valorização da fabricante de artigos esportivos veio após comentários positivos de analistas e sinais de recuperação nas vendas globais.
Já a Apple Inc (NASDAQ:AAPL) avançou 6,31%, somando 12,51 pontos ao valor de mercado, fechando o dia cotada a US$ 210,78. A empresa foi beneficiada por fortes projeções de vendas para seus novos produtos e pelo desempenho crescente do seu segmento de serviços.
O sentimento no mercado foi amplamente positivo, apoiado também por dados econômicos que mostram desaceleração da inflação e expectativa de cortes nos juros pelo Federal Reserve nos próximos meses.
Setores cíclicos, como consumo discricionário e indústria, também se beneficiaram da melhora nas perspectivas econômicas, impulsionando ações de companhias ligadas ao varejo, manufatura e transportes.
O índice de referência S&P 500 teve desempenho forte com ganhos generalizados. Todas as 11 principais categorias setoriais fecharam no azul, com destaque para tecnologia, consumo discricionário e industrial.
O índice Nasdaq, mais sensível a empresas de tecnologia, teve o maior ganho percentual do dia, impulsionado não só pela Apple e Amazon, mas também por outras big techs como Microsoft, Nvidia e Meta.

Investidores continuam atentos aos discursos de autoridades do Fed e aos próximos relatórios econômicos, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros nos EUA.
Na visão de analistas, a alta desta segunda-feira pode sinalizar uma retomada do apetite por risco, após semanas de volatilidade no mercado norte-americano.
“Os investidores estão respondendo bem à melhora no cenário macroeconômico. A expectativa de um corte de juros nos próximos meses, somada a resultados positivos de grandes empresas, traz novo fôlego para os mercados”, comentou um analista da JP Morgan.
Além disso, o mercado também se apoia nas projeções otimistas para o segundo semestre de 2025, especialmente em relação ao crescimento dos lucros corporativos e recuperação da atividade econômica global.
O dólar recuou frente às principais moedas internacionais, refletindo o apetite por ativos de risco e a possível redução na taxa de juros dos Estados Unidos até o fim do ano.
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Os títulos do Tesouro americano também apresentaram leve queda nos rendimentos, reforçando a expectativa de um ciclo de flexibilização monetária à frente.
No setor de semicondutores, a Nvidia teve um desempenho expressivo, com alta de 5,41%, impulsionada por novos contratos no setor de inteligência artificial e pelo aumento na demanda por GPUs.
Outro destaque foi a Tesla, que avançou 4,88% após divulgar números animadores de vendas nos Estados Unidos e na China.
O volume de negociações aumentou significativamente, sugerindo forte participação de investidores institucionais na movimentação positiva do dia.
Entre as companhias aéreas, as ações da Delta e da American Airlines subiram mais de 3%, refletindo a recuperação no setor de viagens e a queda no preço do petróleo.
No setor bancário, os grandes bancos como Goldman Sachs e JPMorgan também registraram ganhos, acompanhando a melhora na confiança do investidor.
Entre os ETFs, o QQQ (que replica o Nasdaq 100) teve alta de 4,01%, enquanto o SPY (que replica o S&P 500) subiu 3,22%.
O VIX, índice de volatilidade conhecido como “índice do medo”, caiu 9,4%, reforçando a leitura de que o mercado está menos apreensivo com os riscos macroeconômicos.
A recuperação dos mercados norte-americanos também impactou positivamente os índices futuros globais, com bolsas da Europa e Ásia registrando ganhos no after-market.
Nos bastidores, traders acreditam que o otimismo pode perdurar ao longo da semana, dependendo da divulgação de novos indicadores econômicos e de resultados corporativos relevantes.
As ações de empresas menores, representadas pelo índice Russell 2000, também fecharam em alta de 2,4%, mostrando apetite por ativos mais arriscados.
Empresas do setor de energia, apesar da leve queda do petróleo, acompanharam o movimento de alta do mercado, com Chevron e ExxonMobil subindo mais de 2%.
Na visão técnica, analistas apontam que os índices romperam importantes resistências, abrindo espaço para novas altas nas próximas sessões.
Com o Dow Jones atingindo o maior nível em 30 dias, investidores especulam sobre uma possível retomada da tendência de alta no médio prazo.
O momento também favorece reequilíbrios em carteiras, com maior exposição a ações de crescimento, especialmente no setor de tecnologia.
Alguns gestores alertam, no entanto, para a possibilidade de correções pontuais nas próximas sessões, dado o forte movimento de alta registrado hoje.
Ainda assim, o sentimento predominante é de otimismo, apoiado por fundamentos econômicos melhores e um ambiente monetário mais favorável.
Com a temporada de resultados se intensificando nas próximas semanas, os olhos do mercado estarão voltados para os balanços das big techs e de setores como financeiro, saúde e energia.
No curto prazo, o comportamento dos juros, inflação e emprego nos EUA continuará sendo o principal termômetro para o apetite ao risco.
A sessão desta segunda-feira marcou um ponto de virada no humor do mercado, sugerindo que investidores estão mais confiantes com a direção da economia norte-americana.
Se os próximos dados confirmarem a tendência de recuperação e controle inflacionário, a bolsa de Nova York pode engatar um novo rali.
O avanço expressivo do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq nesta segunda-feira reforça o papel da tecnologia e do consumo como motores da retomada em Wall Street.
Agora, os investidores aguardam com expectativa os pronunciamentos do Federal Reserve e novos números da inflação ao consumidor (CPI), que serão divulgados ainda nesta semana.