Grupo AVG anuncia investimento de R$ 200 milhões para expandir produção de ferro-gusa em Minas Gerais

Com novo alto-forno em Sete Lagoas, grupo mineiro busca dobrar capacidade produtiva, gerar empregos e atender crescente demanda do setor siderúrgico no Brasil e no exterior

O Grupo AVG, referência no setor siderúrgico brasileiro, anunciou um ambicioso plano de expansão para sua unidade em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais. Com um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões, a companhia pretende construir um novo alto-forno e ampliar de forma significativa sua capacidade de produção de ferro-gusa, um insumo essencial para a indústria do aço.

A expansão ocorre em um momento estratégico para o mercado brasileiro de minério e derivados metálicos, que vive um ciclo de alta demanda, tanto no setor interno quanto nas exportações. O anúncio foi bem recebido por autoridades locais e lideranças do setor, que enxergam o projeto como um impulsionador do desenvolvimento regional e da economia mineira.

A construção do novo alto-forno deverá começar ainda em 2025, com previsão de conclusão em até dois anos. Quando estiver em operação, o novo equipamento poderá elevar a capacidade da empresa em mais de 100 mil toneladas de ferro-gusa por ano, dobrando a produção atual da planta em Sete Lagoas.

Além do aumento da capacidade, o projeto prevê também a modernização de processos produtivos, com foco em eficiência energética e redução da emissão de gases poluentes. A adoção de novas tecnologias e práticas sustentáveis é um dos pilares da estratégia do Grupo AVG, que busca manter sua competitividade em um setor cada vez mais exigente em termos de sustentabilidade.

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Outro impacto direto do investimento será a geração de empregos. Estima-se que cerca de 1.000 postos de trabalho serão criados, entre empregos diretos e indiretos, durante a fase de construção e operação do novo alto-forno. A expectativa é de que a iniciativa impulsione a economia local e fortaleça a cadeia produtiva da região.

A escolha de Sete Lagoas para abrigar o novo equipamento não foi por acaso. A cidade possui localização estratégica, com fácil acesso às principais rodovias e proximidade dos polos consumidores. Além disso, já abriga outras operações do grupo, o que facilita a logística e a integração com as demais unidades.

Segundo diretores da companhia, a demanda por ferro-gusa tem crescido não apenas no Brasil, mas também em países como Estados Unidos, México e Índia. O produto é utilizado na fabricação de aço, peças automotivas, estruturas metálicas e diversos bens de consumo duráveis, sendo uma das matérias-primas mais importantes da cadeia siderúrgica.

Com o novo projeto, o Grupo AVG pretende aumentar sua participação no mercado internacional, aproveitando o momento favorável das exportações brasileiras de ferro-gusa. Em 2024, as vendas externas do produto atingiram o maior patamar da década, impulsionadas pelo câmbio e pela escassez de oferta global.

A estrutura do novo alto-forno será planejada com base em critérios de eficiência operacional, aproveitamento térmico e automação industrial. A empresa promete um modelo de operação moderno, digitalizado e integrado com sistemas de monitoramento em tempo real.

A implantação do projeto conta com parcerias locais e apoio do Governo de Minas Gerais, que vem adotando medidas para facilitar investimentos na indústria de base. O estado é um dos maiores produtores de minério de ferro do país e abriga diversos polos siderúrgicos estratégicos.

O investimento do Grupo AVG reforça o papel de Minas Gerais como um dos motores da indústria siderúrgica nacional. A expectativa é que a nova planta contribua significativamente para o crescimento da produção estadual de metais primários nos próximos anos.

Com mais de três décadas de atuação, o Grupo AVG é conhecido por sua atuação integrada no setor de mineração, produção de ferro-gusa e fornecimento de energia renovável. A empresa tem investido em inovação e expansão de suas unidades, com foco na verticalização e na geração de valor agregado.

Nos últimos anos, o grupo tem apostado fortemente na diversificação de sua matriz energética. Em parceria com empresas do setor de biocombustíveis, passou a utilizar carvão vegetal de reflorestamento como principal insumo energético, substituindo o carvão mineral.

Essa medida tem contribuído para a redução da pegada de carbono de suas operações e ampliado sua aceitação em mercados exigentes, como o europeu, onde normas ambientais são cada vez mais rigorosas.

De acordo com especialistas, o uso de biomassa renovável na produção de ferro-gusa representa uma tendência crescente no setor, especialmente entre empresas que buscam certificações internacionais de sustentabilidade e rastreabilidade ambiental.

A aposta em tecnologia limpa também abre portas para novos financiamentos verdes, uma alternativa importante para viabilizar projetos industriais de grande escala, como o planejado pelo Grupo AVG.

As negociações com bancos de fomento e instituições financeiras estão em andamento, segundo fontes próximas ao projeto. O financiamento pode cobrir parte dos investimentos em infraestrutura, máquinas e treinamento de pessoal.

A empresa também está em tratativas com fornecedores internacionais de equipamentos para garantir que o novo alto-forno atenda aos mais altos padrões de eficiência e segurança operacional.

A execução do projeto será conduzida em etapas, com início pela terraplanagem, fundações e montagem da base metálica. A segunda fase inclui a instalação do reator, sistemas de exaustão, injeção de ar e controle automatizado.

A expectativa é que, em sua operação plena, o novo alto-forno gere um acréscimo significativo na receita anual do grupo, além de reduzir custos operacionais por tonelada produzida, graças à modernização e à escala.

Além da unidade em Sete Lagoas, o Grupo AVG avalia investimentos em outras regiões de Minas e também no Centro-Oeste brasileiro, onde há incentivos para a instalação de novas plantas siderúrgicas.

A empresa também tem buscado sinergias com startups industriais e institutos de pesquisa tecnológica para desenvolver soluções aplicadas à metalurgia e à economia circular.

A sustentabilidade, segundo o grupo, está no centro da sua estratégia de longo prazo. O objetivo é ser reconhecido como um dos principais produtores de ferro-gusa verde da América Latina até o final da década.

Com esse novo investimento, o Grupo AVG se junta a um movimento crescente de empresas que estão modernizando seus parques industriais para atender à nova demanda por produtos mais limpos, rastreáveis e com menor impacto ambiental.

A reconfiguração do setor siderúrgico brasileiro nos próximos anos passará inevitavelmente por investimentos como esse, que equilibram produtividade, inovação e responsabilidade socioambiental.

O projeto já recebeu aprovação preliminar dos órgãos ambientais do estado, e a expectativa é de que todas as licenças necessárias sejam obtidas até o fim do ano, permitindo o início imediato das obras.

Segundo o presidente do Grupo AVG, esse movimento é uma resposta direta às mudanças no mercado global, que exige não apenas volume, mas também qualidade, transparência e compromisso com o desenvolvimento sustentável.

A planta contará com sistemas de reaproveitamento de calor, captação de água da chuva, filtros de partículas e monitoramento de emissões em tempo real, colocando a unidade entre as mais modernas do país.

O grupo também firmou compromisso com a capacitação da mão de obra local, oferecendo cursos técnicos e programas de treinamento para jovens e profissionais da região de Sete Lagoas.

Esse investimento em capital humano é visto como uma das chaves para garantir o sucesso do empreendimento a longo prazo, fortalecendo a integração entre empresa e comunidade.

O setor siderúrgico brasileiro, mesmo diante de desafios logísticos e regulatórios, continua sendo um dos pilares da indústria de transformação no país, responsável por milhares de empregos e exportações.

Com esse novo movimento, o Grupo AVG sinaliza ao mercado sua disposição em crescer de forma estruturada e consciente, unindo tradição industrial com as demandas da economia verde.

Se o cronograma for mantido, o novo alto-forno deverá entrar em operação entre o segundo semestre de 2026 e o primeiro de 2027, com impacto positivo direto na produção e nos resultados da companhia.

O cenário futuro é promissor, e o investimento deve abrir novas oportunidades comerciais, inclusive com contratos de fornecimento para siderúrgicas internacionais e grandes projetos de infraestrutura.

Para os investidores e parceiros comerciais, o anúncio representa um marco de confiança na retomada industrial do Brasil, especialmente no setor de base, fundamental para o crescimento sustentável da economia.

Com este passo, o Grupo AVG consolida-se como uma das empresas mais estratégicas no fornecimento de ferro-gusa e fortalece sua posição de liderança em um dos setores mais relevantes para o desenvolvimento do país.

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